Na mesa de um café, a mesma senhora, o mesmo olhar a
perder de vista
Em cartazes pela rua, o seu nome quem me chama por
caligrafia
Um garçom que se aproxima, a refeição por ele erguida, a
mesa agora vazia...
Cansei as minhas pernas ao gastar minhas passadas
Segui por todos os becos pegadas de quem apenas vi
distante
Aquela senhora, sentada sozinha com seu bloco de notas
Agora perdida, em busca de outra mesa, outro café, para
um brinde sozinha
Não há mistérios para a solidão, nem pecado algum que a
condene
Antes só do que acompanhado e ainda só...
Antes só contigo do que consigo e em perigo...
Mesmo não havendo música ali, ela se levantou e decidiu a
canção seguir
Estando toda a rua em passadas de corrida, ninguém notou
sua passagem
Bem distante e ao longe, já na linha de chegada, um
cartaz foi erguido
Em letras garrafais somente ela pode ler o escrito...
“Teus passos cansados me trouxeram de volta o lugar à mesa, ainda
vazio...”
Das horas que não sei, passos de uma corrida se aproximam
Na mesa de um café, a mesma senhora, o mesmo olhar a
perder de vista
Em cartazes pela rua, o seu nome quem me chama por
caligrafia
Um garçom que se aproxima, a refeição por ele erguida, a
mesa, por ora, ainda vazia...
Lucas Nunes
11 comentários:
Muito envolvente seu jeito de escrever, apesar de ser em versos, o que mais salta na minha percepção são as imagensq que vc pinta com as palavras. Só uma pergunta: a senhora no café é famosa?Tive a impressão de que vc falava da solidão de alguém que é muito conhecido, mas não amado.
Olá Aleska Lemos! Bem, posso dizer que "essa senhora" agora é famosa nesse meu texto... rs! De fato eu escrevo sobre os detalhes que observo no dia a dia, seja andando pela rua, em algum café, restaurante, metrô, etc... Então transformo o que a vida real escreve por si só em versos, para que histórias 'não contadas" sejam alcançadas por outros...
Eu gosto do estilo que você escreve, mas como ka tem muitos anos que não leio algo sobre literatura devido ao meu serviço...No entanto la no passado quando estudava os primeiros anos eu lia muitos livros deste seguimento.E foi me acompanhandobpela faculdade porém ao me formar optei por outras literaturas .
Sabia que ao participar de grupos estou pegando gosto outra vez ....
Parabéns pelo texto.
Eu em particular imaginei mil e umas situações sobre essa senhora. Será que ela é feliz? Foi o primeiro pensamento. O que a levou a está ali solitária? Apreciei muito vou te segui e ler os demais poemas que tem no blog. By Isa Miranda
Como sempre voce tem o dom de nós prender em sua leitura com um sentimento envolvido. Esse texto nos faz parar e nos questionar sobre a situação dela.
Simplesmente amei.
Sucesso!
Olá
Muito lindo o seu jeito de escrever, realmente me passou um sentimento de solidão, ou melhor de ter se tornado solitário. Acabei enco6um pouquinho de mim no seu poema.
Que texto maravilhoso, muito poético... Me trouxe algumas lembranças!
Parabéns, você escreve muito bem ''
Olá!
Que poema lindo! Você conseguiu passar muito bem o sentimento de solidão.
Seu poema me cativou, parabéns por escrever tão bem!
Lucas, gostei muito do seu texto, me fez imaginar claramente a senhora solitária na mesa do café. Sozinha em meio à uma multidão que não a vê. Lembrei de uma conhecida que tem o comportamento parecido. Vc conseguiu captar a poesia do momento, parabéns💜
Gostei do poema, muito bem escrito e desenvolvido.
Espero voltar mais vezes a apreciar seu trabalho.
Olá!
Seu poema me fez refletir a respeito das direções que tomamos e para onde corremos. Ou melhor, para que ou para quem? Quantas mesas vazias não abandonados enquanto percorríamos caminhos em direção a outras, nos perdendo de quem importa e, às vezes, de nós mesmos.
Abraços! :)
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