Ali fora percorre um vento, que agora assopra o sereno
Há uma voz que toca sonora em seu som
É o vento lá fora que ainda sopra os acordes de uma canção
A melhor palavra é o silêncio compreendido
A alma entende, a alma aceita, a alma cumprimenta a paz
Apenas um olhar e então tudo é dito sem mesmo o ensaio de um escrito
Então deixe que os olhos falem, a essência intrínseca se faz aparecer...
Há em um campo animais que se curvam pra saudar
Não há perigo quando a gente desce para os cumprimentar
Somos raças “bem diferentes”, mas com a mesma vida que pede pra respirar
Quando cessar o brilho dos olhos, seguiremos então para um mesmo lugar...
Cante sabiá, entre as árvores que o vento ainda balança
Voltará pela manhã as mãos que regam todas as raízes
Os passos dançantes da criança sincera será a prova
De que a lenda dos olhos que falam são reais pelos ventos que sopram...
Ali fora sinto o vento, que hora veio em sol
Ali fora percorre um vento que cintila as folhas ao sereno
Há uma voz que toca sonora em seu som
É o sopro de um vento, aqui dentro, os acordes desta canção...
Lucas Nunes