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Sou a alma errante, que cai mas se levanta! Sou o que a vida pode me ensinar, sou aquilo que posso aprender, e aprendo! Não julgue! Não minta! Mas se fizeres, tente outra vez! Viva da verdade, sem vaidade, fruto que nasce no engano não pode sobreviver por muito tempo, porém a dor poderá ser um eterno tormento! Pessoas... ainda acredito nelas, pois elas precisam acreditar em mim. Acredite! A magia esta em 'conhecer' e seguir na troca de figurinhas! Tudo passa, porém, nossa história fica, e feliz aquela que for lembrada e publicada. Não sou o que escrevo, mas o que a vida é, e se ela é, e eu a vivo, todos somos escrita! Eu... Lucas Nunes (LNS7)

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Saias de lua

Clara centelha de luz que clareia vaga-lumes na terra
Balés de renda sobre os pés da pequena estrela maior
Vagueiam no clarão, noite adentro, moradores das tendas de rua
Estendem num teto morada, toda a casa decorada por saias de lua...

Mesmo que distante seja o caminho de um olhar ao teu encontro
E em teu recanto sejas tu luz de luar pra'lumiar teu vaguear no escuro
Da pra ver daqui tuas pegadas traçando os caminhos do espaço
Tua saia espalhando águas e recolhendo areias de pés descalços...

Se em tua face branca há marcas de quem passou por tua palidez
Há aqui, em dia de noite escura, clarear nos dias de escassez
Nas fases de tua vida crua, o mar escuro te revela nua
Reflete em estrada prata, pra que tu vejas em espelho d'água teu brilho acender...

Vai se pondo, em outro canto do mundo, no convite da aurora, no teu ninho de algodão
Vai nascer, à quem possa te ver, dama da noite, em moradas do coração
Sem o som de um ruído, no calar de um gemido, vens tu em ar de graça
Olhos brilham, pedras cintilam quando os teus olhos clareiam os caminhos de volta pra casa

Clara centelha de luz que clareia vaga-lumes na terra
Balés de renda sobre os pés da pequena estrela maior
Vagueiam no clarão, noite adentro, moradores das tendas de rua
Estendem num teto morada, toda a casa decorada por saias de lua...


Lucas Nunes

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

À deriva

Uma noite de céu vermelho
Faz o dia do marinheiro
Quando o céu estiver assim
Navegantes ouçam o meu conselho, vem tempestade por aí

Veio de longe me buscar, tu em água de mar
Fui distante navegar, sob as ondas naufragar
Tormenta que mudou o rumo, te levou d'além do mundo
Sem adeus, sem despedida, foi a noite tua acolhida

Nos meus dias à deriva, tua voz serviu de guia
Em minhas alucinações, sobreviver foi a loucura
Se eu não pude te salvar...
Salvo estás, em profundas águas do mar

Fiz tenda das velas de um veleiro
Espantei chuva, frio, vento que veio ligeiro
Cantei as notas mais serenas, canção da tripulação
Bastou fechar os olhos que o destino ancorou no coração...

Meus pés em terra firme, te anseiam água do mar
Meus olhos no horizonte, desejam que bem lá longe, haja luz teu retornar
Dê com a mão quem bater primeiro a linha do sol poente
E que por lá espere ausente, antes que o mar novamente, queira revolto nos separar

Uma noite de céu vermelho
Faz o dia do marinheiro
Quando o céu estiver assim
Navegantes ouçam o meu conselho, vem tempestade por aí

Lucas Nunes