Sinto perfume de rosas e a pétala cai
Ouço as xícaras que cantam
E então o relógio se distrai
Os povos das aldeias festejam, tem graça no ar
As aves no céu gorjeiam pelos favos de mel
E eu ouço as xícaras que cantam
E as velas revelam luzes do dia que absolve o réu
Teus braços se abrem em liberdade
Há livros em grego que não li
Teus passos inda embalam teu vestido
Então me lembro, tua história que escrevi
Mesa longa e de madeira estendida pelo salão
Vozes, palmas, gargalhadas que se vão...
Ouço as xícaras que cantam
Anúncios em mais uma canção
Abrem-se as portas, é teu amarelo esplendor
Os rostos se voltam e o tempo reverencia ao teu favor
Somente as xícaras cantam
A pétala regou os pés da nova flor que brotou...
Dança suave o teu vestido quando te veem entrar
Há perfumes de rosas na brisa que cai
Ainda ouço as xícaras que cantam
E então o relógio torna as horas iguais
Lucas Nunes