Entenderás que será necessário experimentar a fraqueza
E por esta nada sutíl leveza poderás compreender...
Não é mistério, faz parte da vida...
Acordei, e quando dei por minha existência já era hora de andar
Aos passos fui pelos campos e valados
Pelos caminhos pude perceber que não era necessário passos largos
Quando então decidi seguir o fluxo
No mundo construímos muros, erguidos em segundos
Não nos damos conta que levaremos tempo para escalá-los
E que precisaremos quando estivermos encurralados
Passei a construir cercas, baixas e de madeira, que nos permitem enxergar o outro lado
Por vezes me esqueço que este caminho é só de ida
Mas por elas mesmo me sento pelas beiradas e complico as regras
Certas horas pedem paradas e os passos silenciam, e o que escutamos é apenas um som
Silêncio! ... procure escutar
Manter o equilíbrio, o controle das ações e emoções, é a regra do jogo
De novo, de novo outra vez, e outra... é a segunda regra
Não será eterno o que insiste se manter por perto
O que está além da cerca, ainda que não vejas, ocuparás este aposento
E seguiu o viajante certo de seu pouso, caminhou e avistou o seu anseio
Insistiu em ir, e como foi, veio... esteve
Marcas de seus pés, mãos, marcas de seu rosto, fazem o teu conto e te contam
E não haverá espanto pra quem se arriscou em viver...
Certo de que não existe fórmula, fraco, forte
Entenderás que foi necessário experimentar a fraqueza
E por esta nada sutíl leveza terás compreendido...
Não foi mistério, foi parte da vida...
Lucas Nunes