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Sou a alma errante, que cai mas se levanta! Sou o que a vida pode me ensinar, sou aquilo que posso aprender, e aprendo! Não julgue! Não minta! Mas se fizeres, tente outra vez! Viva da verdade, sem vaidade, fruto que nasce no engano não pode sobreviver por muito tempo, porém a dor poderá ser um eterno tormento! Pessoas... ainda acredito nelas, pois elas precisam acreditar em mim. Acredite! A magia esta em 'conhecer' e seguir na troca de figurinhas! Tudo passa, porém, nossa história fica, e feliz aquela que for lembrada e publicada. Não sou o que escrevo, mas o que a vida é, e se ela é, e eu a vivo, todos somos escrita! Eu... Lucas Nunes (LNS7)

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Tempos de lá

Abra as asas saudosa lembrança dos tempos de lá
Percorra a casa de chão amarelo amarelão
Destranque as portas de tramela e veja pela janela que...
Há sementes sendo plantadas na terra ao lado

Vá até o fogão à lenha no quintal e dê a ele vento ao fogo
Sente-se e veja a habilidade daquela senhora
Que faz a aurora do branco do barro de argila
É magnífico vê-la feliz, fazendo o que hoje tu lembras a mim

Acorda o dia, tem café com farinha e água de cacimba
“Ande Dito, dê logo milho aos pintos enquanto trato do resto da criação”
“Tenha calma Júlia, tô trocando a água suja, e tu não espante o leitão”
E no alto do abacateiro, assiste a criança toda essa alegria no terreiro

Dança suave fim do dia, abrace em seus poleiros uma a uma as galinhas
O fogo ainda está aceso e vem aí um viradinho, um refogado, doce de leite...
Traga dos tempos de lá o cheiro que luto em não esquecer
Daquele pó torrado, daquele milho ralado, daquele pilão tão antigo...

Sempre irá existir aquela casinha onde cercas de bambus eram vizinhas
Onde ecoa o som de muitas rolinhas e borboletas ainda beijam folhas de caetê
Haverá flores na jabuticabeira e muito em breve a amoreira dará seu fruto sem se cansar
E num quarto bem quentinho lembrarei que dormem um sono divino os donos desse lar

Volte em suas asas saudosa lembrança dos tempos de lá
Traga-me as memórias da casa de chão amarelo amarelão
Feche as portas de tramela e não saia pela janela, “poderás virar ladrão”
Mas antes, colha os frutos da semente plantada naquela terra arada, naquele vasto chão...

Lucas Nunes

Um comentário:

Isa Miranda disse...

São tanto poemas lindos e tocantes, mas esse me fez recordar minha infância. Amei todos!!!