Lembraram-se de palavras que não foram contadas
Guardaram os livros dos contos envelhecidos
Mas deixaram cair uma velha folha de um poema preferido...
Dizia a canção que existiam milhões de razões
Mas o poeta procurava apenas uma que fizesse sentido
A única, unida na sacada de um rascunho
Gerada no espaço percorrido entre o lápis e seu próprio punho...
O piano soava acordes de notas que inspiravam
Dançavam suas teclas numa sequência que olho nenhum piscou
Era um som que movimentava o ar
Foi vida que fora composta e posta na vida de fora pra andar...
Dama adornada em panos vermelhos
Caminha sobre nuvens terrenas no desejo de cantar
Existiam milhões de razões pra que ouvissem sua canção
Mas o autor buscava apenas uma que desse sentido a emoção...
Despertaram-se as memórias que os de fora haviam esquecido
Foram lembradas as palavras que deixaram de contar
Alguém se voltou para um velho livro de contos envelhecidos
Estão lendo, cantando, os poemas preferidos!
Lucas Nunes
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