Com a pouca tinta que ainda me restou
Contei como os dias foram difíceis
Mas assinei a esperança depois que a guerra passou
Minhas mãos à sangria sustentavam a luta pela existência
Minha mente me traia por desacreditar
Meus pés cortados e em dor pediam passos para andar
Desejavam as relvas, e o corpo resistia pra guerra passar
Rastejava, cidadão do mundo em pó
Me expremia, no espaço de mim e só
Mas abri peito ao fogo e fiz coragem por iniciativa
E houve vida, depois que a guerra passou
Exultaram em suas espadas, e o inimigo se fez resistente
Estive entre eles e me tornaram mais valente
Passei por todos sem baixar a guarda em força iminente
E por reação e consequência da vida que se sustenta, me apresentei pronto para a próxima peleja
Lançaram todas as suas flechas e dançaram suas espadas
Avançaram em gritos e fizeram a terra tremer
Mas não foi o suficiente a temer
Minhas armas não me traíram, lutaram e conseguiram ver a guerra se dissolver
Meus olhos... o espelho refletor da verdade
Arma mais forte que paralisa quem se atreve em perguntas
Revela o que a alma não fala, sussurra
Que espera a crível paisagem depois de toda a guerra crua
Avante cavalo guerreiro, à frente desta batalha medieval, secular e cotidiana
Corra mais rápido do que o vento, além de seus pensamentos
Minha arma de batalha, tua velocidade, tua lealdade
Prepare-se para o ataque e não recue até tudo terminar...
Escrevo esta carta em meio ao caos
Com a pouca tinta que ainda me resta
Conto que mesmo os dias sendo difíceis
Assino a esperança que de mim não se afasta...
Lucas Nunes
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