
Vidas de esquinas, ruas e viélas, viadutos, passarelas...
Todos vão olhando, escutando quem vai narrando
O olhar que acompanha é o pensamento que recorda, da história que viram por ali
Foi uma pernambucana, de saia cigana e doces pra vender
Era uma senhora, sentada, perdida, sozinha, quieta em seus pensamentos
Tanto movimento, de gente que nunca tem tempo
Tempo pra parar, e então ver
Era uma rua, que acolhia a vida crua de quem só queria viver
Marcas de quem tentava não ver a vida parada
Uma maneira de não ter que se justificar
Mas sim a de poder um dia dizer que valeu a pena tentar
Eram crianças, a espera do registro da própria imagem
Pés descalços, olhares de um pedido, um desejo, um sorriso
Uma bicicleta, uma menina e outra boneca
Era a certeza de vida, brincadeiras, poses e despedidas
Uma casa, sem porta, sem janela, de pé e abandonada
Um olhar, uma face, suja e borrada, no canto do nada
Uma panela sobre a chama que havia ali, a certeza da fome e da falta do que comer
No chão, uma folha, uma palavra, uma esperança... "Reforma"
Quantos cachorros, soltos num cenário de muitos e poucos
Mais uma senhora, e uma cadeira que resolveu ter rodas
Um efaixado que escondia o que se ver...
E um rio que perdera a água de se beber
Era alguém que precisava de comida, ou até mesmo atenção
Eram pessoas que acreditavam em alguma coisa vinda do coração
Uma certeza do melhor, que mesmo distante vem de dentro de nós
E eram sorrisos que escondiam o lamento, mas sinceros naquele instante
Eram vidas, pessoas vivas sem vontade de morrer
Era o mundo desigual, o cenário esquecido, por sua conta e risco
Uma mulher com suas crianças, um olhar incerto a beira da estrada
Eram carros em movimentos, talvez sem tempo, pra parar e socorrer
E eram todos, e todos eram o que nem sempre tinham que ser
Eram os que ninguém queriam ser, sentir ou ver
Separados por classes, por preconceitos, por falta de querer
Viviam, recolhidos ao fim do dia a espera de um novo amanhecer
Era uma pessoa, simplesmente narrando o que via
Vidas de esquinas, ruas e viélas, viadutos, passarelas...
Onde todos, sem perceber, contavam suas histórias
E quem escutava, narrador de uma realidade, hoje recorda a história, o que viu por ali...
Era uma senhora, sentada, perdida, sozinha, quieta em seus pensamentos
Tanto movimento, de gente que nunca tem tempo
Tempo pra parar, e então ver
Era uma rua, que acolhia a vida crua de quem só queria viver
Marcas de quem tentava não ver a vida parada
Uma maneira de não ter que se justificar
Mas sim a de poder um dia dizer que valeu a pena tentar
Eram crianças, a espera do registro da própria imagem
Pés descalços, olhares de um pedido, um desejo, um sorriso
Uma bicicleta, uma menina e outra boneca
Era a certeza de vida, brincadeiras, poses e despedidas
Uma casa, sem porta, sem janela, de pé e abandonada
Um olhar, uma face, suja e borrada, no canto do nada
Uma panela sobre a chama que havia ali, a certeza da fome e da falta do que comer
No chão, uma folha, uma palavra, uma esperança... "Reforma"
Quantos cachorros, soltos num cenário de muitos e poucos
Mais uma senhora, e uma cadeira que resolveu ter rodas
Um efaixado que escondia o que se ver...
E um rio que perdera a água de se beber
Era alguém que precisava de comida, ou até mesmo atenção
Eram pessoas que acreditavam em alguma coisa vinda do coração
Uma certeza do melhor, que mesmo distante vem de dentro de nós
E eram sorrisos que escondiam o lamento, mas sinceros naquele instante
Eram vidas, pessoas vivas sem vontade de morrer
Era o mundo desigual, o cenário esquecido, por sua conta e risco
Uma mulher com suas crianças, um olhar incerto a beira da estrada
Eram carros em movimentos, talvez sem tempo, pra parar e socorrer
E eram todos, e todos eram o que nem sempre tinham que ser
Eram os que ninguém queriam ser, sentir ou ver
Separados por classes, por preconceitos, por falta de querer
Viviam, recolhidos ao fim do dia a espera de um novo amanhecer
Era uma pessoa, simplesmente narrando o que via
Vidas de esquinas, ruas e viélas, viadutos, passarelas...
Onde todos, sem perceber, contavam suas histórias
E quem escutava, narrador de uma realidade, hoje recorda a história, o que viu por ali...
Lucas Nunes